sexta-feira, 5 de abril de 2013

FÁBULAS: A coruja e a águia e O galo e a jóia



Fábula 1.
A coruja e a águia

A CORUJA E ÁGUIA, DEPOIS DE MUITA BRIGA, RESOLVERAM FAZER AS PAZES.
__CHEGA DE BRIGA – DISSE A CORUJA.
       __ O MUNDO É TÃO GRANDE, E TOLICE MAIOR QUE O MUNDO, É ANDARMOS A COMER OS FILHOS UMA DA OUTRA.
__ PERFEITAMENTE – RESPONDEU A ÁGUIA. EU TAMBÉM CONCORDO.
__ NESSE CASO, VAMOS COMBINAR: DE HOJE EM DIANTE NÃO COMERÁS NUNCA OS MEUS FILHOTES – FALOU A CORUJA.
__ MUITO BEM, MAS COMO POSSO IDENTIFICAR  OS TEUS FILHOTES?
__  FÁCIL, SEMPRE QUE ENCONTRAR UNS BORRACHOS LINDOS, BEM FEITINHOS DE CORPO, ALEGRES, CHEIOS DE UMA GRAÇA ESPECIAL QUE NÃO EXISTE EM FILHOTE DE NENHUMA AVE, JÁ SABE, SÃO OS MEUS.
__ ESTÁ FEITO! – CONCLUIU A ÁGUIA.
DIA DEPOIS, ANDANDO À CAÇA, A ÁGUIA ENCONTROU UM NINHO COM TRÊS MONSTRENGOS DENTRO, QUE PIAVAM DE BICO BEM ABERTO.
__ BICHOS HORRÍVEIS! – DISSE ELA. __ VÊ-SE LOGO QUE NÃO SÃO OS FILHOS DA CORUJA.
E COMEU-OS, MAS ERAM OS FILHOS DA CORUJA.
AO REGRESSAR À TOCA, A TRISTE MÃE CHOROU AMARGAMENTE O DESASTRE E FOI JUSTAR CONTAS COM A RAINHA DAS AVES.
__ QUÊ?!!! – DISSE A ÁGUIA ADMIRADA. ERAM TEUS FILHOS AQUELES MONSTRENGUINHOS? POIS NÃO SE PARECIAM NADA COM O RETRATO QUE FIZESTE DELES...
MONTEIRO LOBATO






Fábula 2.
O galo e a jóia
Um galo jovem e enérgico ciscava a poeira do chão quando encontrou uma jóia. Convencido de que tinha achado uma coisa preciosa, mas sem saber direito o que fazer daquilo, o galo ficou com ar importante e disse à jóia:
___ Olhe, sei que você é uma coisa muito fina. Só que não é do meu gosto. Para falar a verdade, eu preferia de longe um grão de deliciosa cevada.

Moral: Às vezes o que é precioso para um não tem valor para outro.
Fábula de Esopo

A LEOA E A RAPOSA



A LEOA E A RAPOSA


      Todos os animais estavam se vangloriando de suas famílias numerosas.
      Somente a leoa se mantinha em silêncio. Ela não disse nada, nem mesmo quando a raposa toda orgulhosa, desfilou seus filhotes diante dela.
      - Olhe! - disse a raposa. - Veja minha ninhada de raposinhas vermelhas; são sete! Diga-nos, quantos filhos você têm?
      - Somente um - respondeu tranquila a leoa. - Mas é um leão!

      Moral da história: “Eis que o mérito não deve ser medido em razão da quantidade, mas tendo em vista a qualidade”.     
Fonte: Fábulas do mundo todo (2004)
As Fábulas de Esopo (2002)

A cigarra e a formiga



A cigarra e a formiga

Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece uma cigarra:
                      Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram:
                      Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
                      Para falar a verdade, não tive tempo — respondeu a cigarra — Passei o verão cantando!
                      Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançado? — disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada. 
                       
Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem.

 (Fábula de Esopo traduzida por Heloisa Jahn)